A psicologia (do grego
ΨÏ
Ïολογία; ÏÏ
Ïή (psique), "alma", e λογία (logos),
"palavra", "razão", "estudo") é a ciência
que estuda os processos mentais (sentimentos,
pensamentos,
razão)
e o comportamento humano
e animal
(para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada). Neste ponto é necessário
uma informação importantÃssima: o corpo e a mente não são separados, quando se
fala que o estudo se dá pelo viés da mente e/ou pelo viés do corpo, é
necessário informar que essa é uma elaboração teórica, já que existem estudos,
com grande comprovação ao longo dos tempos, que mostram a influência de um
sobre o outro. Para estes fins, há vários métodos, como a observação, estudos
de caso, estudos em neuropsicologia entre outros estudos
multidisciplinares. Outro objeto de estudo da psicologia são as
personalidades inadaptáveis com comportamentos desviantes, chamados de Psicopatologia.
Como dito, a partir do pressuposto básico que existe um monismo - e não um
dualismo como Descartes
apregoou - este ramo do conhecido tem seus estudos voltados a esse axioma
principal. Entre outras atuações que esta ciência permite ao profissional da
área, estão a explicação dos mecanismos envolvidos em determinados
comportamentos, assim como preveni-los e modifica -los.
A psicologia é uma ciência
considerada tanto das áreas sociais, ou humanas, como da área biomédica (por
exemplo, a neuropsicologia faz parte deste espectro), assim ela é estudada
tanto em métodos quantitativos como em métodos qualitativos. Estes métodos
aplicam-se ao estudo dos processos psÃquicos, geradores de comportamentos e
vice-versa. Os estudos clássicos em psicologia baseavam-se justamente
nos comportamentos, que eram diretamente observados, que faziam com que o
psicólogo inferisse um processo psÃquico; porém, com os avanços das
neurociências, na actualidade, também é possÃvel, mesmo que rudimentarmente,
estudar os processos psÃquicos na sua origem. A introspecção
é outro método para chegar aos processos conscientes. Existem vários outros
métodos desenvolvidos, cada um para estudo de um ou mais processos mentais.
Cabe à psicologia estudar questões ligadas à personalidade,
à aprendizagem,
à motivação,
à memória,
à inteligência,
ao funcionamento do sistema nervoso, e também à Comunicação Interpessoal, ao desenvolvimento,
ao comportamento sexual, Ã agressividade,
ao comportamento em grupo, aos processos
psicoterapêuticos, ao sono
e ao sonho,
ao prazer
e à dor,
além de todos os outros processos psÃquicos e comportamentais não citados.
História e sistemas da
Psicologia
Esta parte da psicologia é importante
para o estudo, pois é nela que aparecerão as principais crÃticas acerca de cada
escola de pensamento. Recomenda-se o estudo da história e dos sistemas da psicologia
a qualquer académico, já que está provado que este estÃmulo inicial o ajudará,
na actuação como profissional.
Junto ao estudo da história, veremos também as
inúmeras correntes teóricas. Cada escola com seu foco de estudo, o que as torna
diferentes em alguns ou vários parâmetros. Uma escola surge normalmente
contrapondo-se ou complementando uma escola anterior.
InÃcio, o Estruturalismo
Considera-se como fundador da psicologia moderna
Wilhelm Wundt, por ter criado, em 1879,
o primeiro laboratório de
psicologia na universidade de Leipzig, Alemanha. A psicologia só se tornou uma
ciência independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi
a partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as
investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se
dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias.
Wundt criou o que, mais
tarde, seria chamado de Estruturalismo, por
Edward Titchener; cujo objecto de estudo era a
estrutura consciente da mente, as sensações. Segundo esta
perspectiva, o objectivo da psicologia seria o estudo cientÃfico da Experiência
Consciente através da Introspecção. Titchener levou a ideia da
Psicologia para os Estados Unidos da
América, modificando-a em alguns pontos. As principais limitações do
Estruturalismo residem no facto de a introspecção não ser um verdadeiro método
cientÃfico incontestável e de esta corrente excluir a psicologia animal e
infantil. Esta corrente foi extinta em meados do século XX.
Funcionalismo
O Funcionalismo é o modelo que substituà o Estruturalismo na evolução histórica da
Psicologia, sendo o seu principal impulsionador William James. O principal interesse desta
corrente teórica residia na utilidade dos processos mentais para o organismo,
nas suas constantes tentativas de se adaptar ao meio. O ambiente é um dos
factores mais importantes no desenvolvimento.Os Funcionalistas queriam saber
como a mente funcionava, e não como era estruturada.
Behaviorismo, a primeira potência
A maior escola de pensamento americana surgiu no
inÃcio do século XX, sendo influenciada por teorias sobre o comportamento e
fisiologia animal. A tradução do inglês de Behavior é comportamento,
portanto, o foco de estudo do comportamentismo
ou comportamentalismo
(tÃtulo traduzido) é o comportamento
observável, e o condicionamento é
o método utilizado esta escola. Foi fundada por John B. Watson (Behaviorismo
Metodológico) que acreditava que o controle do ambiente de um
indivÃduo permitia desencadear qualquer tipo de comportamento desejável. Traz
do funcionalismo a aplicação prática da
Psicologia; o seu foco está na aprendizagem. Segundo esta perspectiva não se
pode estudar cientificamente os pensamentos, desejos e sentimentos que acompanham
os comportamentos em estudo.
Foi influenciado, inicialmente, pelas teorias de
Ivan Pavlov e Edward Thorndike.
E, posteriormente, pelas teorias do operacionismo. Foi Burrhus Frederic
Skinner o maior autor neocomportamentalista,
levantando a tona seu condicionamento operante e a modificação do comportamento
(Behaviorismo Radical).
No meio do século XX, vários autores escreveram
sobre o pensamento, a cognição. Diziam fazer parte do comportamento este
pensamento, estava sendo criada uma divisão no beheavorismo: a Psicologia Cognitiva.
Alguns autores desta escola foram: Albert Bandura, Julian Rotter e Aaron Beck. Estes
falavam que o comportamento pode ser entendido também a partir da cognição. O
aprendizado pode existir sem a necessidade de condicionamento em laboratório,
mas pela observação e elaboração do que foi visualizado. à chamada de a
primeira grande força da psicologia.
Gestalt, a psicologia da forma
Fundada dentro da filosofia por Max Wertheimmer
e Kurt Koffka a Gestalt traz novas perguntas e
respostas para a Psicologia. Ela se detém nos campos da percepção e na visão
holÃstica do homem e do mundo. A palavra gestalt não tem uma tradução
para o português, mas pode ser entendido como forma, configuração. Criticava
principalmente a psicologia de Wundt, que era chamada de
Psicologia do "tijolo e argamassa", pois via a mente humana dividida
em estruturas.
A Gestalt preocupa-se com o homem visto como um
todo, e não como a soma das suas partes (o lema da Gestalt é justamente este: O
todo é mais que a soma das suas partes). No ano de 1951, Frederic S. Perls
cria a teoria Gestalt-terapia,
que contou com os colaboradores Laura Perls e Paul Goodman, com
base na filosofia de Martin Buber, das terapias corporais
de Reich, filosofias orientais, teoria OrganÃsmica
de K. Goldstem, teoria de campo de Kurt Lewin, holismo e outros.
[editar] Psicanálise
Muitos leigos imaginam o psicólogo utilizando-se
de um divã, e fazendo análise. Na verdade, esta é uma caracterÃstica da
psicanálise, assim como inconsciente e associação livre são técnicas
psicanalÃticas. A psicanálise teve seus primórdios com Sigmund Freud
(1856-1939) entre o fim do século XIX e inÃcio do século XX através dos estudos
sobre a histeria, acompanhado primeiramente pelo seu
mestre, Charcot. Este havia descoberto que a histeria
era doença de caráter ideogênico, ou seja, baseado nas idéias e não originada
de distúrbios orgânicos, e portanto não era uma doença tipicamente feminina, do
útero (Hystero em grego significa útero). Também pode ser-lhe creditado a
hipótese de que a histeria fosse efeito de uma dissimulação, uma vez que o sintoma
poderia ser evocado e suprimido por força da sugestão ou da hipnose. Isso foi
descoberto devido a sugestão hipnótica, pois pessoas que não apresentavam
histeria, poderiam ser sugestionados a apresentar sintomas histéricos tais como
a conversão.Freud, ficou impressionado com o método
hipnótico e o estudo da histeria. Passou, então a praticar o método de Charcot,
que mais tarde ganhou um diferencial, a catarse, estudado conjuntamente com seu colega
Breuer. Com o livro dos dois, Estudos sobre a
Histeria, foi fundado a psicanálise. O método hipnótico foi
abandonado por Freud, dentre outros motivos, por apenas suprimir os sintomas
sem que promovesse a cura, e também, como modo de atender a uma paciente (Fraulin Elizabeth),
que havia lhe pedido para apenas falar, sem a hipnose. Foi denominada por ela a
psicanálise como a "Cura pela fala".
Freud então foi modelando sua teoria, sendo caracterizada fundamentalmente por
investigar o inconsciente,
ganhando contornos da sexualidade, principalmente as pulsões da sexualidade
infantil, tópico este polêmico para a sociedade da época. Cabe dizer que o
termo sexualidade confunde-se até hoje em dia, no senso comum, com sexo e no
entanto para Freud a sexualidade dá conta da organização do prazer e a
construção psÃquica dos meios para satisfazê-la. Um personagem importante da
psicanálise é seu filho simbólico, Carl G. Jung, primeiro presidente da sociedade
psicanalÃtica. Com o avanço da teoria de Freud em cima da sexualidade infantil,
Jung, que não concordava com o que Freud dizia acerca do assunto, rompe com o
psicanalista e segue outro caminho, criando uma nova teoria, denominada
psicologia analÃtica. A sua proposta foi de "dessexualizar" o ego.
Mas Freud retifica o ex-colega, dizendo que "o ego possui várias naturezas
das pulsões, mas a pulsão sexual é a que ganha mais investimento".
Duvidaram que Freud tivesse "criado" o termo inconsciente, mas tal
conceito foi feito anos antes, e Freud utilizou-se dele com outro sentido,
encarregando-se de criar uma teoria toda em cima do termo: antigamente,
inconsciente significava não-consciência e, na psicanálise, inconsciente
significa uma outra ordem, com outras regras, um dos elementos do aparelhos
psÃquico, constituÃdo por pensamentos, memórias e desejos que não se encontram
ao nÃvel consciente mas que exercem grande peso no comportamento. Este é o mérito
de Freud. Após a morte de Freud, a psicanálise teve muitos membros que a
cisionaram, criando obras chamadas neopsicanalÃticas Anna Freud (filha de Sigmund Freud), Melanie Klein, Lacan,
Bion,Winnicott etc.) ou
outras teorias diferentes (Carl G. Jung, Alfred Adler, Erik Erikson, Carl Rogers etc.
A psicanálise hoje se apresenta de várias
formas, que são a psicanálise ortodoxa, a psicanálise nova (ou neopsicanálise)
e a psicologia de orientação analÃtica (utilizada não só por psicanalistas
formados, mas também por psicólogos não especializados), todas com algumas
peculiaridades.
à a segunda grande força de psicologia, e
segundo o Conselho Federal de Psicologia Brasileiro e demais CRPs, a psicanálise é aceita no meio académico,
porém só pode ser utilizada de forma integral com uma especialização,
caso contrário deve-se utilizar da técnica de psicoterapia de orientação
psicanalÃtica.
Humanismo
O enfoque da psicanálise no inconsciente,
e seu determinismo, e o enfoque na observação apenas
do comportamento, pelo behaviorismo, foram
as crÃticas mais fortes dos novos movimentos de Psicologia surgidos no meio do
século XX. Na verdade o humanismo não é uma escola de pensamento, mas sim um
aglomerado de diversas correntes teoricas. Em comum elas têm o enfoque
humanizador do aparelho psiquico, em outras palavras elas focalizam no homem
como detentor de liberdade, escolha, sempre no presente. Traz da filosofia
fenomenológico existencial um extenso gabarito de idéias. Foi fundada por Abraham Maslow, porém a sua história começa
muito tempo antes. A Gestalt foi agregada ao
humanismo pela sua visão holÃstica do homem, sendo importante campo da Psicologia,
na forma de Gestalt-terapia.
Mas foi Carl Rogers, um psicanalista americano, um dos
maiores exponenciais da obra humanista. Ele, depois de anos a finco praticando
psicanálise, notou que seu estilo de terapia se diferenciara muito da terapia psicanalÃtica.
Ele utilizava outros métodos, como a fala livre, com poucas intervenções, e o
aspecto do sentimento, tanto do paciente, como do terapeuta. Deu-se conta de
que o paciente era detentor de seu tratamento, portanto não era passivo, como
passa a idéia de paciente, denominando então este como cliente. Era a terapia
centrada no cliente (ou na pessoa) Seus métodos foram usados nos mais vastos
campos do conhecimento humano, como nas aulas centradas nos alunos, etc.
Apresentou três conceitos, que seriam agregados posteriormente para toda a
Psicologia. Estes eram a congruência (ser o que
se sente, sem mentir para si e para os outros), a empatia (capacidade de sentir o que o outro
quer dizer, e de entender seu sentimento), e a aceitação
incondicional (aceitar o outro como este é, em seus defeitos,
angústias, etc.). Erik Erikson,
também psicanalista, trouxe seu estudo sobre as oito fases psicossociais, em
detrimento às quatro fases psicossexuais de Freud,
onde todas as fases eram interdependentes, e não necessariamente determinam as
fases posteriores; para ele o homem sempre irá se desenvolver, não parando na
primeira infância. Viktor Frankl, com
sua logoterapia, veio a acrescentar os aspectos da
existência humana, e do sentido da vida, onde um homem, quando sente um este
vazio de sentido na vida, busca auxÃlio pois não se sente confortável em viver
sem sentido ou ideais. Diz também que eventos muito fortes podem adiantar a
busca pelo sentido da vida. Tais eventos podem criar desconforto, trauma
intenso, mas podem criar um aspecto de fortaleza no indivÃduo.
Maslow trouxe, para a
psicologia que havia fundado, estes autores, agregando, ainda seus estudos
sobre a pirâmide de necessidades humanas. Para ele, as necessidades
fisiológicas precisam ser saciadas para que se precise saciar as necessidades
de segurança. Estas, se saciadas, abrem campo para as necessidades sociais, que
se saciadas, abrem espaço para as necessidades de auto-estima. Se uma destas
necessidades não está saciada, há a incongruência. Quando todas estiverem de
acordo, abre-se espaço para a auto-realização, que é um aspecto de felicidade
do indivÃduo. Esta é hoje a terceira grande força dentro da psicologia.
Psicologia Transpessoal
Maslow estava insatisfeito
com sua própria teoria, dizendo que faltava-lhe o facto de o homem ser um ser
espiritualizado. Para ele era importante a espiritualidade e as caracterÃsticas
da consciência alterada, teoria de Stanislav Grof. Criou então, com ajuda de
outros psicológos, uma teoria que era abrangente neste aspecto. Como Carl G. Jung era um estudioso dos aspectos
transcedentais da consciência, foi tomada sua teoria para incorporar a Psicologia
transpessoal. Esta fala de vários nÃveis de consciência, que vão do
mais obscuro (a sombra), até o mais alto grau de
consciência, a transpessoal. Por ter seu foco na consciência e seus aspectos,
foi também chamada de psicologia da
consciência. Seu estudo é recente e traz muitas caracterÃsticas que
necessitam de um estudo maior.
Ãreas de atuação
As áreas de atuação da Psicologia são várias,
sendo em muitas delas auxiliadas por outros campos do conhecimento humano, como
a Sociologia, a Pedagogia, a Medicina, entre outros. As principais áreas
são:
- Neurociências
- Psicologia
Ambiental
- Psicologia
Aplicada
- Psicologia ClÃnica
- Psicologia
Comparada
- Psicologia
Comunitária
- Psicologia da
Forma (Psicologia da Gestalt)
- Psicologia da
Saúde
- Psicologia
Diferencial
- Psicologia
do Desenvolvimento
- Psicologia dos
Grupos
- Psicologia do
Trabalho
- Psicologia
Econômica
- Psicologia
Educacional
- Psicologia
Esportiva
- Psicologia
Experimental
- Psicologia Forense
- Psicologia
Hospitalar
- Psicologia
Industrial
- Psicologia
Integral
- Psicologia
JurÃdica
- Psicologia
MetafÃsica
- Psicologia
Organizacional
- Psicologia Social
- Psicometria
- Psicopatologia
- Sexologia
- TCC -
Terapia Cognitiva Comportamental
- Psicoterapia
Corporal
O que o psicólogo faz?
O psicólogo age em diversas áreas e é importante
entender primeiramente onde e como se forma o conhecimento da ciência
"Psicologia": a área cientÃfica. O psicólogo, em sua graduação,
aprende a pesquisar novos caminhos a partir de dados já existentes; forma
opiniões convergentes ou divergentes, podendo ser na forma de crÃtica ou avanço
em uma determinada pesquisa; monta estudos com bases em experimentos,
observação, estudos de casos, análises neurológicas e farmacológicas, além de
estudar em grupos multidisciplinares vários outros conteúdos (mostrados Ã
seguir). As áreas mais conhecidas desta criação cientÃfica são, entre outras, a
Psicologia Social,
a Psicometria, a Psicologia
Experimental (nisto englobando a linha comportamental), a Psicologia do
Desenvolvimento, a Psicologia MetafÃsica,
a Neuropsicologia, a Psicopatologia. Esses estudos criam teorias
que são utilizadas na Psicologia Aplicada,
que como o nome diz, é a aplicação dos constructos teóricos em áreas
especÃficas.
Esta Psicologia Aplicada está inserida nos mais
diversos campos da sociedade, resolvendo problemas práticos, sendo a área
clÃnica a mais famosa. à importante, também, saber que esta Psicologia Aplicada
pode criar constructos cientÃficos, que é o caso de Sigmund Freud, Carl R. Rogers, Carl Gustav Jung, na Psicologia ClÃnica, além
de Kurt Lewin e J. L. Moreno, de outras áreas. Além da
clÃnica, o psicólogo aplicado trabalha em escolas, empresas (treinamento, R.H., grupos, terapia individual), nas
terapias de grupos, na criminologia, nas academias
de esportes, no clubes esportivos, nas propagandas (marketing, venda de
produto, com o uso da gestalt), nos hospitais (em terapias breves, ou psicooncologia) e
no tratamento de adicção (pela entrevista
motivacional).
Essas duas áreas, a de produção cientÃfica e a
Psicologia Aplicada, são práticas aceitas pelos Conselhos de Psicologia. Porém,
o psicólogo não pode medicar fármacos para um cliente, nem quebrar o sigilo
deste sem seu consentimento (há casos onde esta quebra de sigilo é possÃvel,
como no caso de alguém que pode por em risco a vida de outra pessoa, ou a sua
própria). O terapeuta não pode utilizar métodos que não estejam em estudo
cientÃfico, aprovado pelo Conselho, como utilizar Florais de Bach, regressão a vidas passadas,
homeopatia, terapia bioenergética, entre outros. Ao usar estes métodos, o
terapeuta é proibido de utilizar-se do tÃtulo de psicólogo. A acupuntura e a hipnose são as únicas práticas complementares
regulamentadas e aceitas pelo Conselho de Psicologia, mas a utilização dessas
práticas devem atender a normas de conduta ética estipuladas pelo Conselho de
Psicologia.
Necessidades da multidisciplinaridade
A Psicologia nasceu de estudos filosóficos e
fisiológicos, portanto carrega traços destes dois tipos de conhecimento. Actualmente,
ela incorporou outros conhecimentos ao seu próprio, trabalhando lado-a-lado com
estes, é o caso da Psicologia Social, por exemplo, que trabalha com bases teóricas
de sociólogos, antropólogos, teólogos e filósofos, tais como Auguste Comte, Michel Foucault, entre outros. O próprio Carl Gustav Jung trabalha com trabalhos
antropológicos, podendo traçar as diferentes culturas com sÃmbolos em comum.
A Psicologia Comunitária faz trabalho em campo,
junto a assistentes sociais terapeutas ocupacionais. Os conhecimentos destas
áreas se fundem.
A Psicologia JurÃdica trabalha com funcionários
do direito (advogados, juÃzes, desembargadores), assim como os Psicólogos
Hospitalares trabalham com médicos, enfermeiros, enfim com outros agentes
promotores de saúde. Há, também, a área da psicopedagogia, que trabalha com
conteúdos da pedagogia no campo da aprendizagem.
Algumas áreas da Psicologia, como a Psicologia
Transpessoal e ,em partes, a Psicologia AnalÃtica,
necessitam de estudos em fÃsica e metafÃsica para que possam se tornar
conhecimentos amplos acerca do ser humano, seja em analogias, seja em estudos
sobre eventos parapsicológicos, sendo que estes estudos são recentes e não se
constituem plenamente como ciência psicológica.
Tanto as áreas alheias da Psicologia citadas,
quanto a própria Psicologia precisam trabalhar unidas, quando tratam de
interesses em comum, os conhecimentos se cruzam, e aumentam, e é possÃvel que
existam diferentes pontos de vista em constante diálogo. Comités de Bioética trazem esta multidisciplinaridade,
agindo sobre problemas corriqueiros e controversos. Estes comités são formados
por muitas outras correntes do conhecimento, além do psicólogo. São médicos,
enfermeiros, advogados, fisioterapeutas, fÃsicos, teólogos, pedagogos,
farmacêuticos, engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da comunidade
onde o comité está inserido. Eles decidem aspectos importantes sobre tratamento
médico, psicológico, entre outros.